A Equipa de Autonomia Supervisionada intervém com jovens no sistema de promoção e proteção, especificamente Jovens Estrangeiros Não Acompanhados (JENA). Os JENA são migrantes que chegam à Europa sem família para pedir asilo e proteção internacional. Quando chegam a Portugal iniciam o seu processo de integração, e esta equipa está presente oferecendo um serviço de apoio especializado à integração e autonomização destes jovens.
Existem no entanto questões que estes jovens, assim como outras pessoas migrantes, deslocadas ou refugiadas, encaram que não vão de encontro às suas necessidades, mas antes políticas e diretivas ou práticas construídas a pensar num único tipo de pessoa.
Podemos falar de questões mais pequenas como contactar uma linha telefónica de um banco para pedir apoio, mas não ser permitido – por política interna do banco, que a chamada telefónica aconteça com mais que uma pessoa. Então, mesmo que um jovem nunca tenha usado um banco e não saiba o que dizer ou que não fale português, se a equipa e/ou intérprete tentar ajudar, a chamada é desligada.
A questão da língua é se calhar a mais premente sendo que numa fase inicial qualquer documento legal, ou de caráter obrigatório está sempre em português mesmo que a pessoa não saiba falar a língua. A própria abordagem a diferentes serviços essenciais não prevê a possibilidade de um intérprete.