"Sempre que saímos de casa, rezamos para que não sejamos raptados", diz Faimy Loiseau, Diretora Nacional das Aldeias de Crianças SOS do Haiti.
"A população espera apenas que a vida volte, porque não estamos a viver. Não estamos a viver", acrescenta ela.
Os gangs, diz ela, são extremamente brutais para com a população. Há raptos, extorsão, controlam todo o comércio de combustível, espalharam o medo e o sofrimento, e mergulharam o Haiti no caos.
As violações e assassinatos fazem parte da vida quotidiana, as escolas estão fechadas até novo aviso, os hospitais têm uma capacidade muito limitada, e os bancos estão abertos apenas alguns dias por semana. Multidões zangadas que protestam contra o aumento dos preços dos combustíveis e exigem a demissão do primeiro-ministro, destruíram propriedades e lojas, e bloquearam muitas áreas. Muitas pessoas não conseguem sair de suas casas há semanas.
Mesmo para as crianças que estão seguras, o termo "seguras" deve ser usado com cautela porque os gangs estão em todo o lado, segundo Loiseau.