Neste encontro, a atitude, a predisposição, a vontade de querer estar presente deverão ser incondicionais. As condições do encontro, do qual florescerá uma relação, são co-criadas, negociadas, discutidas, partilhadas; não têm de ser um pré-requisito. A ideia do limite em educação é uma ideia titubeante*. Como nos ensinou António Coimbra de Matos, «é a realidade que nos impõe os seus limites». Assim, pode ser mais interessante colocarmo-nos na posição empática e, de preferência, ir para além dela, a caminho da verdadeira intersubjetividade.
A relação educativa é, em primeiro lugar, uma relação. Que tem de ser cuidada, estimada, investida. Envolve o sentimento de segurança na presença do outro, a confirmação da criação de uma zona de conforto, de afetividade, de pertença. Envolve a disponibilidade para o encontro, a autenticidade, a implicação: eu sou, porque nós somos.