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As Aldeias de Crianças SOS apresentam conclusões da Assembleia de Jovens à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social Ana Mendes Godinho.
No último sábado, dezenas de crianças em acolhimento no distrito da Guarda participaram da segunda Assembleia de Jovens na Casa de Acolhimento Residencial (Aldeia SOS). O objetivo desse encontro foi discutir "como é a casa de acolhimento Residencial ideal?". O diretor da Casa de Acolhimento Residencial das Aldeias de Crianças SOS da Guarda, Daniel Lucas, explicou que esses jovens foram afastados de suas famílias e origens, sendo encaminhados para instituições devido a circunstâncias relacionadas à Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJ) ou à Segurança Social. A proposta da assembleia era compreender qual seria a casa ideal, considerando o número de crianças, os espaços, a presença ou não de quartos individuais, as atividades a serem realizadas e a participação das famílias.
Durante o evento, os participantes receberam a visita da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que elogiou a iniciativa e a considerou um exemplo para todo o país. A ministra afirmou que solicitou a expansão dessa abordagem para outras regiões de Portugal, visando a cooperação para identificar problemas e melhorar conjuntamente as soluções.
No Dia da Criança, celebrado em 1º de junho, a Ministra Ana Mendes Godinho prometeu receber uma delegação representativa de todas as instituições em Lisboa, para que apresentem as conclusões da Assembleia de Jovens realizada na Guarda. A ministra destacou a importância de conhecer as experiências de vida das crianças e jovens para identificar como o país pode responder melhor às suas necessidades. As conclusões, compiladas a partir da reunião, serão entregues à ministra.
Segundo informações obtidas pelo jornal O INTERIOR, os jovens descreveram a casa ideal como sendo pequena e semelhante a uma habitação familiar, solicitando também a oportunidade de decorar os quartos de acordo com suas preferências individuais. Eles também expressaram o desejo de ter casas de banho privadas e espaços ao ar livre. Os jovens preferem viver com um pequeno grupo de crianças para minimizar conflitos e solicitam o uso de telemóveis sem supervisão a partir dos 13 anos, bem como a possibilidade de participar de aniversários de colegas de turma e contribuir na elaboração do cardápio e preparação dos alimentos. Eles sugerem ter mais liberdade nos finais de semana e a possibilidade de escolher suas próprias roupas de acordo com seu estilo individual. Em relação à interação com o meio externo, os jovens solicitam que a escola esteja fora da casa do acolhimento, além de ter oportunidades de conhecer novos lugares e participar de mais atividades ao longo da semana. Por fim, eles desejam mais visitas familiares, mais idas para casa, telefonemas mais frequentes e a possibilidade de ter um espaço na casa de acolhimento para passar tempo com a família.
As medidas aprovadas pelos jovens em acolhimento do distrito da Guarda serão apresentadas no Dia da Criança à Ministra Ana Mendes Godinho, que promete «discuti-las e implementá-las» na Guarda e no país.
As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo a apoiar crianças e jovens em perigo ou em risco de perder o cuidado parental.
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