Imediatamente lembrei-me da canção do genérico do programa Rua Sésamo na América. Era muito conhecido na altura dos meus filhos e, agora, dos meus netos. Começa assim: “Dias de Sol a varrer as nuvens no meu caminho para onde o ar é doce... ”.
É lindo estar sob um céu brilhante e ensolarado - uma experiência muito mais comum em Portugal do que aqui no Reino Unido! Embora que quando o experimentamos aqui, sentimos como um presente maravilhoso. E, em todo o mundo, os dias de sol podem frequentemente ser associados a dias felizes e doces. Ainda assim, para sermos genuinamente capazes de nos sentir “felizes em dias de sol”, precisamos às vezes de conhecer e vivenciar ocasiões de “tristeza num dia de nuvens e até de chuva”. Cada um destes dias dá sentido a si mesmo por referência e interação com o outro. Juntos, eles oferecem experiências de e para uma diferença equilibrada. Sem esta experiência, corremos o risco de estar sujeitos a um desequilíbrio perturbador - produzindo rápidas oscilações entre estados de euforia de um “brilho que nos cega” e estados de tristeza “sombria”.
Os Dias de Sol precisam de ser desfrutados no seu curso natural, mas também por serem um dom de alívio dos tempos mais sombrios que todos nós às vezes experimentamos na ausência do sol literal e figurativo. Portanto, precisamos de algumas nuvens e gotas de chuva para apreciar completamente a luz do sol. E as nuvens [emocionais e meteorológicas] às vezes têm outro presente para nós. À medida que começam a recuar e o sol surge novamente, os raios de sol podem encontrar as últimas gotas de chuva [ou lágrimas] e… alegria! - um Arco-íris glorioso aparece, inspirando a nossa admiração e alegria [e o nosso alívio e crença]! Nuvens e chuva não se manterão para sempre (mesmo no Reino Unido!). Os Dias de Sol podem e irão chegar para varrer essas nuvens. No mundo e nas nossas vidas.