Ao longo do projeto foi possível dar forma aos eixos tanto em atividades individuais como em grupo de acordo com as necessidades. Foram desenvolvidas ações de apoio educativo e terapêutico para aquisição de ferramentas de autonomia e de preparação para a vida adulta, nas várias esferas do dia-a-dia das/dos jovens. Foi também possível trabalhar com as equipas-casa (educador/a, cuidadoras/es, técnica de serviço social, psicóloga/o e direção técnica), visando o alinhamento de atuações na promoção da autonomia e sentido de autoria de cada jovem, através da consciencialização, da produção de documentos orientadores da intervenção e formação especializada.
Mesmo num ano tão difícil e exigente para todas/os, o projeto manteve a colaboração de todos os intervenientes envolvidos – direções, equipas e jovens, famílias, colaboradores, parceiros e supervisora – que permitiram manter toda a intervenção planeada, naturalmente ajustada ao novo quotidiano das casas e dos jovens, assegurando-se o cumprimento dos objetivos propostos. Importa, neste sentido, sublinhar que apesar do contexto, a intervenção presencial superou o formato online, cumprindo-se as orientações externas das autoridades competentes.
Considerando as necessidades identificadas para cada jovem e as necessidades das equipas das casas foi possível ajustar a intervenção em conjunto, estruturando a atuação na construção de autonomia e transição para a vida adulta. Desta forma, reforçando a importância de intervir com jovens de forma holística, considerando todas as áreas do seu desenvolvimento, sobretudo, colocando cada jovem como protagonista de todo o processo de autonomização. Isto é, participando ativamente na elaboração do seu projeto de vida e na tomada de decisões em todos os aspetos que lhe dizem respeito.