Conhecemos a Carolina* numa instituição no âmbito de um processo de acompanhamento nesta modalidade. Era uma menina frágil, tímida e doce. Não cativava de imediato quem dela se aproximava. Era preciso tocar com palavras e gestos o seu coração pequenino mas cheio de história(s) para contar. A Carolina tinha 3 anos quando a conhecemos. Quando era bebé, foi abandonada pela sua mãe e ficou a cargo do seu pai que, não conseguindo cuidar dela, aceitou que fosse para uma instituição. Este pai, apesar de todos os caminhos sinuosos, nunca deixou de estar presente!
No entanto, nem sempre a relação entre eles foi fácil. A pandemia também trouxe ventos contrários e levou a um afastamento forçado. Foi neste momento que o CAFAP da Guarda iniciou intervenção com este pai e esta filha e tem procurado ajudá-los a crescer e a progredir não só em conjunto, mas também de forma individual, ajudando-o a alcançar mais e melhores competências parentais. Ser pai não vem com livro de instruções! Os resultados têm vindo pouco a pouco. A Carolina e o pai estão cada vez estão mais próximos e unidos. Ainda não sabemos como será o amanhã desta família, mas de uma coisa temos certeza: o ingrediente amor nunca deixou de existir! O querer de forma desmedida também não! E isso é, sem dúvida, o mais importante!