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A cultura e o lazer assumem um papel basilar no desenvolvimento da identidade individual de qualquer pessoa, independentemente da sociedade onde está inserido.
No caso das crianças e jovens estrangeiras não acompanhadas (JENA) esta realidade foi-lhes negada. As necessidades de sobrevivência primária do seu passado conduziram a que estes jovens tenham negligenciado, não por vontade própria, mas pela força das circunstâncias, a capacidade de viver experiências lúdicas e culturais, promotoras do crescimento juvenil.
Para a maioria destes jovens, a realidade familiar e o contexto socioeconómico dos seus países de origem – que ditaram o abandono dos mesmos, evidencia a inexistência total dos aspetos ligados à cultura e lazer, dada a necessidade de sobrevivência absoluta.
Por este motivo, o acolhimento de JENA num qualquer país passa não só por garantir a satisfação das suas necessidades básicas, mas também por incluir estas áreas da cultura e lazer como parte integrante da sua vida, considerando a sua fulcral importância.
Também nesta perspetiva, a escola detém um papel preponderante, sendo fundamental reforçar a necessidade de adaptação de atividades que remetam para as características, gostos e especificidades destes jovens.
@Pexels
Nos Apartamentos de Autonomização das Aldeias de Crianças SOS capacitamos os jovens para serem autónomos, através de apoio educativo e terapêutico que os ajudará na aquisição de ferramentas de autonomia e desenvolvimento pessoal. Neste sentido, e considerando a importância e o impacto que a cultura e lazer assumem na construção do “eu” de cada jovem, na possibilidade de se redescobrirem a si próprios na relação com o outro, fomentando a sua rede de suporte, estas são áreas constantes e amplamente presentes nos seus projetos de vida.
Cada jovem traz consigo uma história de vida repleta de particularidades e um caminho único por traçar. A descoberta e construção do que fará sentido para cada um respeita a sua idiossincrasia, ainda que decorra no seio de uma vivência de grupo estruturada como é o caso dos AA.
Acreditamos que é através desta intervenção holística e focada nas necessidades de desenvolvimento de cada jovem, no conhecimento sobre cada um, sobre a sua família, a qualidade relacional dos seus contextos e o afeto, que conseguimos assegurar a nossa missão.
As Aldeias de Crianças SOS são a maior organização do mundo a apoiar crianças e jovens em perigo ou em risco de perder o cuidado parental.
Acredite num mundo onde todas as crianças crescem em amor e segurança.
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